terça-feira, março 20, 2007

Porto

Um barco, onde ele não sabe o seu destino, seu caminho. Apenas navega e confia. Em o que? Não sabe. Apenas acredita que um dia a resposta virá de alguma forma. Um dia tudo terá um fim. Mas ele queria tanto um porto seguro. Sim, ele ainda acredita na segurança daqueles braços. Que a felicidade é naquele porto, naquele fim, feliz e improvável.
O barco acredita na coincidência, naquele milagre que Deus prefere ficar anônimo. Ele espera pelo acaso. Porém, “pode ser que a maré não vire”, pode ser que o vento mude a sua direção, pode ser que a vida se acostume com a sua falta. Mas você sempre será minha morena.
Ele é só, navega devagar. Sabe o porque? Porque espera por um sinal, porque toda noite ele aguarda pela manhã, aguarda a sua chegada. O mar se tornará doce com o seu retorno, as ondas nunca mais baterão em rochas. Não haverá mais ondas. O mar será sempre calmo. Como um dia nós sonhamos.

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