sexta-feira, dezembro 29, 2006

"Um ano a mais de vida..."

Um dia um menino sonhou em ser um sonho. Para participar da vida das pessoas que ele ama. Para ser lembrado por elas. Para fazer parte da das alegrias. Para ser o alimento para a esperança não morrer.
O menino acreditava piamente que “um sonho” poderia resumir uma vida, poderia fazê-lo feliz e a todos que estão a sua volta. O menino fazia que situações as corriqueiras se encaixassem nos seus sonhos. O menino adorava sonhar.
Mas o menino cresceu. E parecia não sonhar mais. Não que tivesse desistido do seu sonho, foi apenas desiludido. Ele ou sonho? Tanto faz. Para o menino só importa uma coisa agora: Só outro sonho para que o seu sonho torne-se real.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Ver-te errando e não poder corrigir é triste. Ver-te sangrando e não pode estancar, me faz sangrar. Ver-te machucada e não poder cicatrizar, me fere.
Ver-te na minha frente e não poder te olhar, me cega. Ter os seus lábios juntos aos meus e não poder te beijar faz minha boca secar.
Não saber o que pensa, me faz não pensar em anda. Não saber o que você sente, me faz não sentir nada. Ter você e não dar o valor merecido, me faz não me ter.

Ver-me errando, não te entristece. Ver-me sangrando, não te faz sangrar. Ver-me machucado, não te fere.
Ver-me na sua frente e não me olhar, não te cega. Ver os meus lábios juntos aos seus, não faz sua boca secar.
Não saber o que penso, não te faz pensar em nada. Não saber o que sinto, não te faz sentir nada. Não me ter, não faz você perceber o meu valor.

Mas apenas por alguns instantes, esqueço dos erros, das memórias e maledicências e confesso: Não te esqueço.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Viver a vida

Hoje em dia eu vejo as pessoas muito preocupadas em viver a vida intensamente, e sempre dizendo aquelas frases de efeito: “ Viva a vida intensamente!” “ Viva a vida da sua maneira” E também tem aqueles que idolatram o “Carpe Diem”, coitados...Se soubessem o que realmente significa não ia dar tantas cabeçadas por aí pensando que estão “extraindo o máximo da vida”.E com toda essa publicidade sobre a vida, me veio um questionamento: Sei eu aproveitar a vida?
Não preciso ir a baladas todos finais de semana, nunca precisei beber até cair para me sentir feliz e me divertir. E nunca precisei experimentar um baseado para sentir uma sensação diferente, “viajar”... Mas muitas pessoas me cobram isso. Acusam-me de “menino certo demais”, que estou na melhor fase da minha vida e estou simplesmente ignorando esse momento. Que vou acabar morrendo velho demais (sim, muitos pensam que morrer depois dos 60 quer dizer que você não aproveitou a vida) achando que a vida foi um desperdício.
Eu me sinto feliz. Eu me divirto. Um simples programa caseiro com um DVD bom, me diverte! Um simples cinema me alegra! Uma pic nic no Parque do Ibirapuera me alivia! Um Corujão acaba com o meu dia seguinte, mas é a melhor maneira de virar um zumbi pelas 24h seguintes! Um almoço em família me resgata as origens! Um roda de amigos cheia de besteiras me desestressa!
Sim, eu sou feliz. Do jeito que eu sempre sonhei.

sábado, julho 22, 2006

Eles driblaram a verdade


Depois de cinco dias concecutivos e mais de 55 horas de julgamento, saíram as punições a Suzane Richtofen e dos irmãos Cravinhos, réus confessos do homícidio do casal Manfred e Marísia von Richtofen, pais da jovem. Suzane e Daniel, que eram namorados à época do crime, em outubro de 2002, foram condenados a 39 anos de prisão em regime fechado e mais meio ano em regime semi-aberto cada um. Cristian teve um ano a menos de pena. Os advogados dos três prometem recorrer das sentenças, na esperança de diminuir um pouco o tempo de prisão.
Quem acompanhou as sessões no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, teve a impressão, em vários momentos, de estar diante de um enredo de ficção. Cada um que esteve ali, entre réus, advogados e testemunhas, contou a sua história, em sua maioria incompatível com os fatos. A materialização do crime foi apresentada em fotos da perícia e do Instituto Médico Legal, que mostraram corpos desfigurados e o real tamanho da tragédia. A apresentação destas fotos foi o momento em que a ficção abriu espaço para a medida do que aconteceu naquela noite, em que o casal foi espancado com bastões até a morte.
Durante o julgamento, Suzane, Daniel e Cristhian se preocuparam em dizer que não foram eles que tiveram a idéia do crime. Mas quem foi então? Em outro momento Daniel disse que cometeu o crime sozinnho, sem ajuda do irmão, mas os laudos mostravam que isso era impossível. Mais tardeCristhian, depois do depoimento comovente de sua mãe, assume que participou do espancamento. Na hora do depimento de Suzane, ela disparou que havia um "quarto"cúmplice no crime um tal de "espírito do Nego". Segundo Suzane, uma pessoa com esse apelido, amigo dos Cravinhos, morreu tempos atrás e o seu espírito atormentava Daniel. Inclusive teria sido ele quem propôs a Daniel a morte do casal. Segundo relato, para que o casal ficasse junto, o espírito sugeriu a Daniel que houvesse um sacrifício. O sacrifício em questão era justamente a morte do casal. Suzane disse que acreditava na história, que tal espírito realmente existia.
Efim, durante o julgamento foram apresentadas verões e mais versões, algumas aparentemente corretas, outras supreendentes e algums totalmentes inaceitáveis que arrancaram risos da platéia, como o comportamento do adovogado de defesa Nacif.Com tosse, ameaçou "escarrar" no chão, irritou juiz e promotores com perguntas fora de propósito e repetidas, e seguiu a máxima do "eu vim aqui para confundir a não para explicar". Passou o tempo todo dizendo que tinha uma "bomba" para os oito - depois sete - minutos finais de sua fala e que essa "bomba" ajudaria na absolvição de Suzane. Porém, no fim, nada havia.
O que aconteceu naquela noite, na casa da Rua Zacharias de Góis, no Campo Belo, talvez nunca se saiba exatamente. O cárcere e o passar dos anos pode trazer algo além do que foi dito nestas pouco mais de 55 horas e nas 3.228 páginas do processo. A impressão que fica é que, "justiça feita", ainda falta aparecer a verdade.

sábado, julho 08, 2006

Eu sei

Eu sei daquilo que não deveria e nem queria saber. Mas eu sei. E o que fazer? Agora é se controlar, não falar nada do que eu não saiba. Porque por mais que eu saiba, eu não sei.
Confuso? É tanto quanto aquilo que eu sei. Eu não esperava que aquilo que eu sei tivesse acontecido, mas aconteceu. E agora? Agora é só encaixar meu pensamento diante dos fatos e começar a encará-los de modo diferente.
Vai ser difícil? Muito! Mas nada impossível. Eu sei que eu consigo, é só querer. Agora que é estranho conversar com as pessoas com elas pensando que você não sabe de nada, ahhhh.... Isso é muito estranho! Mas fazer o que? Quem manda saber demais?
Bom, mas quer saber o que eu vou fazer diante de tantos "saberes"? "Não saber".

domingo, julho 02, 2006

Zidane, você merece

Às 16:00 do dia 1 de julho de 2006 todos acreditava que seriam os últimos minutos dele num campo de futebol, os últimos instantes vestindo a camisa francesa. Mas parece que o problema é que os jogadores da nossa seleção também acreditaram nisso e de uma forma vergonhosa, fomos derrotados pela França, mais uma vez, em uma Copa do Mundo.
É triste adimitir, mas apesar de termos jogadores que batem recores, que são os maiores goleadores da Copa... Não temos Zidane. Não pelo seu futebol (porque por mais que não pareça, temos o melhor do mundo), mas muito mais pela sua atitude. Chamou a responsabilidade, tomou conta do meio campo, deu chapéu naquele que é chamado de fenômeno, ou seja, mais uam vez passeou em campo.
Enquanto nossos jogadores não reagiam, não tinham motivação em uma quartas de final de uma Copa do Mundo, Zidane aos 34 anos anos, prestes a encerrar a carreira, corria feito um "moleque", marcava como um "jogador comum" e levou a França a terceira vitória sobre o Brasil em Copas do Mundo.
Zidane, continue assim, jogando o "simples que se torna bonito" e vai encerrar a carreira como um dos grandes jogadores da história do futebol e será lembrado nesses tempos modernos como "o atleta que nos lembra a verdadeira paixão pelo futebol".

quarta-feira, junho 28, 2006

Clóvis Rossi, na Folha de São Paulo

Em tempos de "patriotismo futibolístico", vale lembrar que temos eleições presidenciais em outubro.
E também é bom lembrar esse texto de Clóvis Rossi na Folha de São Paulo há uns meses atrás.

Terra chamando Lula

SÃO PAULO - Agora, sim, estou plenamente convencido de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realmente não soube de nada, nadica, da “formação de quadrilha” sob suas barbas. Afinal, o presidente demonstra não saber nada de nada, do que dá prova definitiva esta frase sua, na semana passada, em Porto Alegre: “O Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde”.À parte o fato de que o certo seria dizer “tratamento de doenças”, a frase demonstra a mais completa e absurda ignorância sobre a vida no planeta Terra e no seu próprio país.Qualquer pessoa em seu juízo perfeito, em qualquer lugar do mundo, sabe que saúde pública é um problemão, talvez um dos itens da pauta em que todos, todos, todos os países, estão longe da perfeição.No Brasil, então, até quem jamais passou pela calçada de uma escola de medicina ou de saúde pública está cansado de saber que saúde pública é um desastre (e os planos privados de saúde também não são exatamente o que pessoas normais chamariam de “perfeição”).Sempre foi assim, aliás. Tanto que o PT tentou colar em José Serra o rótulo de “ministro da dengue”. Agora, o PSDB poderia tentar colar em Lula o rótulo de “presidente da dengue”, porque ela voltou, robusta, como prova da “perfeição” que atingiu o “tratamento de saúde” no país que Lula governa sem saber como é.O grau de alienação ou de alucinação revelado pela frase deveria fazer soar todos os sinais de alarme no público -se o público não estivesse completamente anestesiado. Mas, pelo menos no Palácio do Planalto, deveria haver alguma alma caridosa ali no entorno do presidente com coragem para lhe dizer francamente: “Olha, companheiro, está na hora de parar de delirar”.Do contrário, amanhã ou depois, Lula é capaz de afirmar que a Terra é quadrada, que o Palmeiras é, na atualidade, o melhor time do mundo e que Elvis não morreu.

quinta-feira, junho 08, 2006

Eu queria

Eu queria acreditar mais em mim. No meu potencial. Que eu posso mudar algumas coisas para me deixar mais feliz. Eu queria acreditar mais no poder da família. Que juntos resolvemos qualquer problema. Queria contar mais coisas da minha vida para os meus pais. Mas tenho medo. Não sei o porque.
Queria acreditar mais no poder de Deus. Entregar tudo nas suas mãos e crer cegamente que o mais Ele fará. Queria entender porque que as pessoas se apegam tanto a religião e muitas vezes esquecem o objetivo dela. Queria entender porque as pessoas são tão ignorantes e não aceitam a opinião dos outros.
Queria amar como nunca. Ser amado como nunca. Encontrar a pessoa que eu me sentiria bem ao seu lado. E que não sentisse o tempo passar. Queria saber porque se ama certas pessoas, e elas não correspondem. Porque há dor no amor? Se o amor é verdadeiro, existe sofrimento?
Mas que graça teria a vida se eu soubesse todas as respostas? O quão monótono seria se soubéssemos os mistérios que está ao nosso redor. Que graça teria se existe apenas uma religião? Do que seriam as divergências? Já pensou que chatice seria se você soubesse qual o homem ou a mulher da sua vida? Quantas pessoas legais deixariam de conhecer? Quanto momento não viveria? Por isso que viva a vida. Não tenha medo do amanhã. O prazer da vida está no seu mistério. Não tente desvenda-lo....Apenas VIVA.