sábado, julho 22, 2006

Eles driblaram a verdade


Depois de cinco dias concecutivos e mais de 55 horas de julgamento, saíram as punições a Suzane Richtofen e dos irmãos Cravinhos, réus confessos do homícidio do casal Manfred e Marísia von Richtofen, pais da jovem. Suzane e Daniel, que eram namorados à época do crime, em outubro de 2002, foram condenados a 39 anos de prisão em regime fechado e mais meio ano em regime semi-aberto cada um. Cristian teve um ano a menos de pena. Os advogados dos três prometem recorrer das sentenças, na esperança de diminuir um pouco o tempo de prisão.
Quem acompanhou as sessões no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, teve a impressão, em vários momentos, de estar diante de um enredo de ficção. Cada um que esteve ali, entre réus, advogados e testemunhas, contou a sua história, em sua maioria incompatível com os fatos. A materialização do crime foi apresentada em fotos da perícia e do Instituto Médico Legal, que mostraram corpos desfigurados e o real tamanho da tragédia. A apresentação destas fotos foi o momento em que a ficção abriu espaço para a medida do que aconteceu naquela noite, em que o casal foi espancado com bastões até a morte.
Durante o julgamento, Suzane, Daniel e Cristhian se preocuparam em dizer que não foram eles que tiveram a idéia do crime. Mas quem foi então? Em outro momento Daniel disse que cometeu o crime sozinnho, sem ajuda do irmão, mas os laudos mostravam que isso era impossível. Mais tardeCristhian, depois do depoimento comovente de sua mãe, assume que participou do espancamento. Na hora do depimento de Suzane, ela disparou que havia um "quarto"cúmplice no crime um tal de "espírito do Nego". Segundo Suzane, uma pessoa com esse apelido, amigo dos Cravinhos, morreu tempos atrás e o seu espírito atormentava Daniel. Inclusive teria sido ele quem propôs a Daniel a morte do casal. Segundo relato, para que o casal ficasse junto, o espírito sugeriu a Daniel que houvesse um sacrifício. O sacrifício em questão era justamente a morte do casal. Suzane disse que acreditava na história, que tal espírito realmente existia.
Efim, durante o julgamento foram apresentadas verões e mais versões, algumas aparentemente corretas, outras supreendentes e algums totalmentes inaceitáveis que arrancaram risos da platéia, como o comportamento do adovogado de defesa Nacif.Com tosse, ameaçou "escarrar" no chão, irritou juiz e promotores com perguntas fora de propósito e repetidas, e seguiu a máxima do "eu vim aqui para confundir a não para explicar". Passou o tempo todo dizendo que tinha uma "bomba" para os oito - depois sete - minutos finais de sua fala e que essa "bomba" ajudaria na absolvição de Suzane. Porém, no fim, nada havia.
O que aconteceu naquela noite, na casa da Rua Zacharias de Góis, no Campo Belo, talvez nunca se saiba exatamente. O cárcere e o passar dos anos pode trazer algo além do que foi dito nestas pouco mais de 55 horas e nas 3.228 páginas do processo. A impressão que fica é que, "justiça feita", ainda falta aparecer a verdade.

sábado, julho 08, 2006

Eu sei

Eu sei daquilo que não deveria e nem queria saber. Mas eu sei. E o que fazer? Agora é se controlar, não falar nada do que eu não saiba. Porque por mais que eu saiba, eu não sei.
Confuso? É tanto quanto aquilo que eu sei. Eu não esperava que aquilo que eu sei tivesse acontecido, mas aconteceu. E agora? Agora é só encaixar meu pensamento diante dos fatos e começar a encará-los de modo diferente.
Vai ser difícil? Muito! Mas nada impossível. Eu sei que eu consigo, é só querer. Agora que é estranho conversar com as pessoas com elas pensando que você não sabe de nada, ahhhh.... Isso é muito estranho! Mas fazer o que? Quem manda saber demais?
Bom, mas quer saber o que eu vou fazer diante de tantos "saberes"? "Não saber".

domingo, julho 02, 2006

Zidane, você merece

Às 16:00 do dia 1 de julho de 2006 todos acreditava que seriam os últimos minutos dele num campo de futebol, os últimos instantes vestindo a camisa francesa. Mas parece que o problema é que os jogadores da nossa seleção também acreditaram nisso e de uma forma vergonhosa, fomos derrotados pela França, mais uma vez, em uma Copa do Mundo.
É triste adimitir, mas apesar de termos jogadores que batem recores, que são os maiores goleadores da Copa... Não temos Zidane. Não pelo seu futebol (porque por mais que não pareça, temos o melhor do mundo), mas muito mais pela sua atitude. Chamou a responsabilidade, tomou conta do meio campo, deu chapéu naquele que é chamado de fenômeno, ou seja, mais uam vez passeou em campo.
Enquanto nossos jogadores não reagiam, não tinham motivação em uma quartas de final de uma Copa do Mundo, Zidane aos 34 anos anos, prestes a encerrar a carreira, corria feito um "moleque", marcava como um "jogador comum" e levou a França a terceira vitória sobre o Brasil em Copas do Mundo.
Zidane, continue assim, jogando o "simples que se torna bonito" e vai encerrar a carreira como um dos grandes jogadores da história do futebol e será lembrado nesses tempos modernos como "o atleta que nos lembra a verdadeira paixão pelo futebol".