quarta-feira, agosto 04, 2010

A mesmice nas Eleições 2010


Desde que Barack Obama revolucionou as eleições nos EUA interagindo com os eleitores através da internet (assunto já tratado nesse blog), havia muita expectativa sobre como seria a participação dos políticos brasileiros nas redes sociais nesse ano de eleições. Só que infelizmente, ela vem sendo decepcionante.

Nenhum dos candidatos a presidência, por exemplo, conseguiu usar de maneira correta as ferramentas virtuais de interação. O grande marco dessa incapacidade foi a recusa de José Serra de Dilma Rousseff em participar do debate On Line promovido pelo portal Terra, juntamente com o site MSN. Alegaram que não havia espaço na agenda. O que é estanho, pois quem assistiria o debate não seriam também seus eleitores? Será que não havia espaço na agenda deles para esclarecer nossas dúvidas e questionar seus planos de governo? Porque tanto medo pelo “interativo”?

Marina Silva aparentemente é a que melhor usa o twitter, por exemplo. Lançou a campanha #casademarina. A ideia se resumia em que os vizinhos de uma determinada rua se reúnam para discutir as ideias da candidata. A campanha deu certo, foi aderida por cerca de 100 mil pessoas, só resta saber se isso será transformado e duplicado em votos nas urnas.

Em relação aos outros dois candidatos, eles fazem das redes sociais apenas um feedback de suas campanhas, transformaram o twitter em mais uma forma de divulgar suas agendas.

Infelizmente nossos políticos ainda acreditam que só o horário eleitoral na TV e rádio, o famoso e hipócrita “corpo a corpo” e o nada dinâmico debate na TV, são suficiente para sanar as dúvidas de nós eleitores. Na verdade precisamos é de algo diferente, atitudes que surpreendam, porque na mesmice que se encontra, é difícil imaginar em 4 anos de governos mais próximos da população. Internet é apenas o meio, estar nela não significa inovação. Já a criatividade pode mudar um país.

E para você, como um político deve usar as redes sociais?

Um comentário:

Rafael Techima disse...

E o medo de serem realmente confrontados e questionados pelos eleitores, na internet, hein?

Para eles, fica mais fácil atingir boa parcela da população, que até tem internet, mas prefere os meios de comunicação em que ela fique só como receptor.

O eleitor brasileiro, hoje em dia, tem até mais iniciativa do que antes, ao cobrar aqueles que elegeram, mas há muito chão pra caminhar nessa estrada chamada democracia.

E "eles" parecem que não querem ajudar nessa evolução do nosso eleitorado.

Tá tudo muito bom, tudo muito bem.

PS - Fui convocado pra trabalhar nessa eleições. Agora vou fazer parte mesmo da democracia. Uhu! ¬¬